terça-feira, 22 de maio de 2012

"Curta e Rápida."

A torre Sky Tree, em Tóquio, Japão, e a torre Burj Khalifa, nos Emirados Árabes,  têm, repectivamente, 634  e 828 metros (quase um quilômetro) de altura.

E pensar que o deus Bíblíco, de acordo com a bíblia, um dia já teria dado um chilique e aprontado a maior confusão por conta de uma torrezinha de alguns metros de altura!

O motivo da grande "ira divina" seria o fato de o homem, com a construção da torre, poder chegar muito próximo dele.

Imagino que ele deva ter ficado "nos cascos" quando viu o primeiro foguete tripulado ganhar os céus. Mas como ele não pode fazer nada no presente, mas apenas em textos de veracidade contestável e com datas retroativas a séculos, teve que engolir.

Pois é, o deus considerado imutável parece que mudou muito com o passar do tempo!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ciência na Bíblia? Só Quando eu Vir.

Os leitores deste blog já devem ter percebido que não costumo publicar posts muito extensos.

Apesar dos esforços para ser o mais sucinto possível, o texto a seguir ficou um pouco longo; mas como achei o assunto interessante, decidi abrir uma exceção e publicá-lo.

Um dia destes, eu estava fazendo uma pesquisa na internet, quando me deparei com uma página (indicada no final) que tentava mostrar que muitos fatos científicos são fundamentados na Bíblia. Quase caí da cadeira, diante de tantos absurdos.

Para diferenciar os meus comentários dos comentários do autor da página, sinalizarei os seus com a cor vermelha.  

- Vamos aos tópicos! 

A TERRA NO ESPAÇO 

O autor começa dizendo: Alguém já lhe disse que Moisés já sabia que a terra está suspensa sobre o nada? Os Gregos criam que Atlas carregava o mundo nas costas.

Os hindus acreditavam que quatro elefantes sustentavam a Terra. Já no Egito, no tempo de Moisés (3500 anos atrás) se acreditava que o mundo havia sido chocado de um grande ovo que possuía asas e voava.

Mas veja o que está escrito na Bíblia, num livro escrito por Moisés 1500 AC. Está em Jó 26:7 “Ele estende o norte sobre o vazio e suspende a Terra sobre o nada. Moisés foi criado no palácio do faraó do Egito, mas não acreditava como os egípcios, os gregos e os hindus, as nações mais sábias da época. Quem revelou a Moisés, há 3500 anos, que existe o vácuo, o vazio espacial? 

CONTRADIÇÃOSe a autoria do livro de Jó é atribuída a Moisés, ele mesmo se contradiz, em Jó 38.6, quando diz: “E as suas bases (da Terra), sobre o que foram postas? E quem colocou sua pedra de esquina” e em Jó 9.6 “O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.” De onde Moisés teria tirado a ideia de que a Terra é sustentada por colunas.
E Salomão “o maior sábio”, segundo a Bíblia, séculos depois de Moisés, complementa a ignorância, em Provérbios 28.9, ao dizer – “Quando determinou as fronteiras do mar para que as águas não violassem a sua ordem, quando marcou os limites dos alicerces da terra”.

É preciso ter cuidado com a bíblia - ela pode ser um atentado à inteligência, pois está repleta de ambiguidades e contradições. Ela contém textos dispersos que, dependendo da conveniência, podem ser usados para concordar o discordar de algo.

A propósito, você não acha que é perigoso um livro que manda matar com a mesma naturalidade que manda não matar? – (Dt 13.9; Ex 20.12).

Parece que no tema confusão, a Bíblia é uma enciclopédia. 


A FORMA ESFÉRICA DA TERRA 

O autor diz: Isaías Escreveu, há 2600 anos: “Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar;” (Is 40:22). - Quem revelou a Isaías, há 2700 anos atrás, que a Terra era redonda?

FALSO – Hoje sabemos que a Terra é redonda, mas a bíblia a mostra como um grande disco, sustentado por grandes colunas (alicerçadas não se sabe onde), coberto com um manto, no qual estavam afixados o Sol, a Lua e as Estrelas. Disco não é esfera. Disco é uma superfície redonda, porém, plana.

Fazendo uma ilustração grosseira, é como se a Terra fosse um picadeiro, coberto com uma grande lona. Ou seja, o mundo seria como um circo, e o objetivo dos escritores talvez fosse mesmo nos fazer de palhaços!

Alias, fazendo um adendo, não é a toa que em algumas traduções a palavra TERRA é grafada com a inicial minúscula; isso se dá ao fato de que a bíblia em momento algum se refere à Terra como planeta, mas como a região do Oriente Médio conhecida na época. 



CIRCULAÇÃO DA ATMOSFERA

“O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.” (Ec 1:6)

FALSO – Definitivamente este texto não mostra que a atmosfera envolve a Terra, como o título do tópico tenta nos induzir a pensar. Outra observação: os ventos não sopram apenas do norte para o sul, eles sopram em todas as direções, inclusive para cima e para baixo.
Enfim, não é preciso ter a inteligência atribuída à Salomão, par observar que os ventos desenvolvem um circuitos. 


EFEITO PROTETOR DA ATMOSFERA

“Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar;” (Is 40:22)

FALSO – Mais um texto que não explica nada. Se o escritor do texto tivesse realmente conhecimento do efeito protetor da atmosfera, bastaria dizer: uma bolha de ar, que vai da superfície até cerca de 100 km., envolve o planeta Terra e lhe oferece uma certa proteção contra pequenos corpos celestes e raios nocivos . Ponto final. 


O PESO DO AR

O autor diz: O barômetro é um instrumento usado para medir a pressão atmosférica, e pressão atmosférica que é o peso do vento. Ele foi inventado só em 1643, pelo físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647). Antes dele, ninguém se atreveria a afirmar que o vento tem peso. Entretanto, a Bíblia se antecipou 3000 anos antes da ciência dizendo que o vento tem peso, está escrito em Jó 28:25 “Quando (Deus) regulou o peso do vento e fixou a medida das águas”, E aí? O que você acha?

FALSO O comentarista usa de desonestidade intelectual, quando “mistura em um só saco”, as palavras vento e ar, com o objetivo de induzir o leitor ao erro. Vento não é ar, é o seu deslocamento. O ar tem peso, o vento tem força.

Os escritores da bíblia definitivamente desconheciam o fato de o ar ter peso. O texto bíblico se refere à força do vento, que é medida com um instrumento, inventado por volta de 1450, chamado anemômetro.

A bíblia pode até falar vagamente que a força do vento foi medida pelo seu Deus. Mas não fala que ele tenha passado ao homem as técnicas para medi-la. 


O CICLO DA ÁGUA 

“Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.” (Ec 1:7)

FALSO – Nem todos os rios correm para o mar. O rio Okavango, na África, por exemplo, nasce na Namíbia e termina em um pântano, em Botsuana sem ligação com nenhum mar ou oceano. Isso mostra que os escritores da Bíblia abordavam apenas os fatos ou eventos que julgavam conhecer.

 “Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,” (Is 55:10)

FALSO – A água da chuva volta à atmosfera sim, através da evaporação, uma das etapas do ciclo da água. A própria bíblia se contradiz no próximo tópico (Evaporação). 


EVAPORAÇÃO

“Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros.” (Sl 135:7).

DUVIDOSO A bíblia, muitas vezes, não faz distinção entre as palavras: vapor, fumaça e nuvem. Algumas traduções da Bíblia, para o Português e para o Inglês, por exemplo, trazem a palavra “nuvens” no lugar de “vapores”.


“Fazendo ele soar a sua voz, logo há rumor de águas no céu, e faz subir os vapores da extremidade da terra; faz os relâmpagos para a chuva, e dos seus tesouros faz sair o vento.” (Jr 10:13)
 
FALSO Aqui percebemos claramente o desconhecimento de quem escreveu o texto, pois, já no ensino fundamental, aprendemos que os vapores se originam na superfície aquecida da água.
 
A Evidência clara de que o escritor se refere às nuven,s quando cita a palavra traduzida por vapores, é a expressão: “Faz subir da extremidade da terra”. Ora, desde quando a terra (uma esfera) tem extremidade? Certamente o autor se referia ao horizonte, de onde via subir as nuvens. 


CONDENSAÇÃO

“Prende as águas nas suas nuvens, todavia a nuvem não se rasga debaixo delas.” (Jó 26:8).

FALSO Mais uma evidência clara de desconhecimento, pois as nuvens não estão debaixo das águas, elas (as nuvens) são formadas por partículas de água. 


A GRAVIDADE

“O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.” (Jó 26:7)

“Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,” (Jó 38:6)

FALSO – Nenhum dos dois textos faz menção à gravidade. O primeiro verso passa a ideia ignorante de alguém que acha que o norte segue em linha reta na direção do horizonte. E o segundo verso revela a ideia quadrada de alguém que acha que a Terra tem bases assentadas em pedras. 


O PERÍODO GLACIAL

“De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu? Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.” (Jó 38:29-30)

FALSO A Bíblia não pode, de forma alguma, fazer alusão à Era Glacial. Isto seria jogar no lixo tudo o que ela afirma. Estudos mostram que a última Era Glacial terminou por volta do ano 12.000 aC., enquanto os fatos narrados na Bíblia, inclusive a criação do universo, (com base na sua tosca cronologia) não ultrapassam o ano de 6.000 aC.

Se pedíssemos para que dez teólogos fizessem um cálculo criterioso, com base nos dados bíblicos, que apontasse uma data para a criação do universo, certamente teríamos datas diferentes. Mas acredito que nenhuma delas ultrapassaria o ano de 6.000 Ac. 


NÚMERO DE ESTRELAS

“Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;” (Gn 22:17)

VAGO – Por esta ótica, até o mais ingênuo pajé de uma das antigas tribos indígenas brasileiras, que só sabiam contar até cinco, e que utilizavam a expressão “muito” para as quantidades superiores, seriam astrônomos conceituados, ao afirmarem que existiam muitas estrelas no céu.
Sinceramente, o argumento usado para defender a infinidade de estrelas foi grandissimamente infantil. 


ÓRBITA DOS ASTROS

“Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.” (Jr 31:35-36)

FALSO – O sol emana luz o tempo inteiro, enquanto a Lua não gera luz em momento algum; apenas reflete a luz que recebe do Sol.
Outra coisa que o escritor bíblico parece desconhecer é que a Lua em sua fase nova surge no horizonte pela manhã, cruza o céu durante o dia, e se põe no horizonte oposto à noite, assim como o Sol. Nesse período a Lua parece descumprir a suposta ordenança de Deus. 


ORIGEM DAS CHUVAS

“Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.” (Ec 1:7)

FALSO E CONTRADITÓRIO – Como falei antes, nem todos os rios correm para o mar. O versículo também é uma contradição bíblica, pois em Isaías 55.10 está escrito que as águas que se precipitam, em forma de chuva, não voltam mais à atmosfera. 


RELAÇÃO DA ELETRICIDADE COM A CHUVA

“Quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões;” (Jó 28:26)

DESCONEXO – O comentarista tenta fazer parecer, mas a frase acima não trata de nenhuma relação entre eletricidade e chuva. Ela apenas afirma que Deus, supostamente, teria traçado leis para a chuva e determinado um caminho para os raios; nada além disso.

Se na Bíblia estivesse escrito: Deus traçou leis para a chuva e colocou mau cheiro nos gambás, significaria que os gambás e a chuva têm relação entre si? Certamente não. 


CIRCULAÇÃO DO SANGUE

“Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.” (Lv 17:11)

VAGO – Sinceramente, o texto não faz alusão alguma à circulação do sangue. Certamente o escritor fez essa observação por perceber que perdendo o seu sangue, os seres vivos morrem. Conclusão óbvia. 


PSICOTERAPIA

“As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” (Pv 16:24)

“O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.” (Pv 17:22)

VAGO – Faça como o “supremo sábio” Salomão, crie duas frases de autoajuda e torne-se um grande psicoterapeuta. Os argumentos do comentarista estão cada vez mais apelativos. 


EQUIVALÊNCIA MASSA-ENERGIA

“E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” (Cl 1:17)

“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;” (Hb 1:3)

DESCONEXO – Leia os dois versos acima novamente e responda - Onde está a equivalência massa-energia? Por que a bíblia simplesmente não nos deixou, desde o princípio, a equação E=mc²? 


TRANSMISSÃO ELETRÔNICA DE INFORMAÇÕES

“Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?” (Jó 38:35)

FALSO – Uma tática muito costumeira que os pregadores usam em seus textos e pregações é o uso de várias traduções da Bíblia para tentar sustentar os seus argumentos, valendo-se das diferentes palavras e expressões utilizadas pelos tradutores.
A tradução utilizada para este texto, Jó 38:35, “Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?”, é de João Ferreira de Almeida.
Agora veja o mesmo texto em outra tradução - Nova Versão Internacional – muito mais fiel às palavras hebraica (“ברקים” ) e grega (“Αστραπή”), que significam relâmpago - “Tua ordem fará os relâmpagos surgirem, e dir-te-ão eles: Eis-nos aqui?”

Talvez você esteja se perguntando – e daí, que diferença isso faz? A resposta é: muita diferença.

É possível se comunicar através do Código Morse, utilizando raios de luz, mas não existe nenhuma forma de transmissão de informação através de relâmpagos. Ou você conhece alguma? 


TELEVISÃO

“E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros. 10 E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra. 11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.” (Ap 11:9-11).

FALSO – Desonestamente, e mais uma vez se valendo de erros de tradução, o comentarista tenta induzir o leitor a creditar que os referidos corpos seriam vistos por povos de outras nações através da televisão. Mas leia a primeira parte do texto na tradução católica – “Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações virão para vê-los por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.”

A tradução católica traduz melhor o sentido do texto, pois mostra que as pessoas de outras nações se deslocariam até o local onde se encontravam os corpos. 


TRANSPORTE RÁPIDO

“E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” (Dn 12:4).

FALSO – Deslocar-se de uma parte para outra não significa deslocar-se com rapidez. Teria sido muito mais claro se os anjos mostrassem um avião ao profeta, assim como mostraram uma espada a Adão. 


CONCLUSÃO

Dois motivos me levaram a realizar este trabalho. O primeiro foi mostrar o quanto alguns pregadores e escritores de artigos religiosos são inescrupulosos quando se trata de convencer leitores incautos a seguir as suas crenças. E o segundo foi alertar o leitor do quanto é perigoso acreditar em uma afirmação sem questionar a sua veracidade.


Fonte do texto comentado: solascriptura-tt.org

quarta-feira, 2 de maio de 2012

EU ACREDITO EM MILAGRES... DA CIÊNCIA!


Quem conhece o pianista, e maestro, João Carlos Martins deve reconhecer que a restauração dos movimentos das suas mãos foi um verdadeiro milagre. Mas quando digo milagre, não estou me referindo à palavra com o sentido que os religiosos conhecem. Não faço alusão àqueles casos, em que, diante de uma platéia, líderes religiosos oram e aguardam o tempo de recuperação natural do corpo, ou de um tratamento médico, para, depois, atribuir o milagre ao seu deus. Eu me refiro a um fato, em que, imediatamente após uma ação, se comprova um resultado. 

 

O que aconteceu com o Maestro foi, na verdade, um milagre da Ciência.

 

O maestro João Carlos Martins foi, por diversas vezes, privado de seu contato com o piano, após ter um nervo rompido e perdeu os movimentos da mão direita em um acidente em um jogo de futebol.

 

Submetido a vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão, mas com o correr dos anos desenvolveu a doença chamada Contratura de Dupuytren. Novamente teve que parar de tocar, e dessa vez acreditou seria para sempre. Vendeu todos seus pianos e tornou-se treinador de boxe, querendo estar o mais longe possível da sua carreira como músico.

 

Mas sua incontrolável paixão o fez retornar, e realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento da sua mão, criando um estilo único de tocar e aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas. Utilizou-se da mão esquerda para suas peças e obteve extremo sucesso com esta atitude. Mas o esforço repetitivo lhe causava fortes dores também na mão esquerda.

 

Algum tempo depois, o realizar um concerto na Bulgária, sofreu um ataque em um assalto, e um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento das mãos novamente. E ao se esforçar para tocar, sofria dores intensas em suas mãos.

 

João perdeu anos de sua carreira em tratamentos, treinamentos e encontrou novamente uma nova maneira de tocar, utilizando os dedos que podia em cada mão, mas dia a dia podia tocar menos e menos com o estilo e maestria de antigamente.

 

Porém, agora, em 2012, graças a um tratamento, no qual se submeteu a uma cirurgia no cérebro para a implantação de um chip para estimular e, assim, reverter uma distonia muscular, que causa a perda dos movimentos das mãos,  o maestro recuperou os movimento das mãos, e pode voltar a tocar piano.

 

Se existisse um deus que, mesmo diante de milhões de orações de seus fieis, não fizesse nada para impedir que a humanidade fosse privada do brilhante talento deste homem, no mínimo seria digio de repúdio; pois o maestro estava fadado a nunca mais ter o movimento das suas mãos, caso a Ciência não interviesse.

 

Diante disso, posso afirmar que acredito em milagres sim. Mas, pelo menos enquanto não me mostrem evidências de outros, acredito apenas nos milagres da Ciência.